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Mudanças na NR-1: o que as empresas precisam saber (e fazer) até maio de 2025

  • Roseli
  • 10 de abr.
  • 2 min de leitura

“Quando falamos em gerenciar riscos operacionais, estamos falando de um processo contínuo. E, mais do que isso, de um trabalho multidisciplinar.”


Foi com essa frase que a Dra. Veridiana Moreira Police — sócia da área trabalhista do Finocchio e Ustra Sociedade de Advogados — deu início à sua palestra sobre as alterações na NR-1. A Norma Regulamentadora Nº 1 é a espinha dorsal das normas de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) no Brasil. Ela define diretrizes e responsabilidades tanto para empregadores quanto para empregados.


E vem mudança grande por aí: as novas regras entram em vigor no dia 25 de maio de 2025, com impactos diretos para o setor de Recursos Humanos — de microempresas às gigantes do mercado.


A palestra foi parte da reunião do grupo de RH da AEVAL, realizada na sede da Eagle Burgmann. O evento contou com a participação de cerca de 50 associados e foi aberto pela presidente da entidade, Adriana Matteelli.


Durante sua apresentação, Veridiana reforçou um ponto importante: a NR-1 não é uma lei, mas tem força de lei. E a principal novidade trazida pela atualização é o gerenciamento dos riscos psicossociais — algo que, até então, nem aparecia na norma.


Na versão atual da NR-1, o foco está nos riscos físicos, químicos e biológicos. Mas agora, com a mudança, entra em cena um novo desafio: lidar com os fatores que afetam a saúde mental dos colaboradores.


Segundo Veridiana, essa atualização é uma resposta direta ao aumento dos afastamentos por problemas psicológicos, como ansiedade, depressão e, principalmente, a Síndrome de Burnout — reconhecida como doença ocupacional pela OMS desde 2022.


“Estamos vivendo uma crise global de saúde mental”, alertou a advogada. “Só em 2024, o Brasil registrou 472 mil afastamentos por doenças mentais. E, no mundo todo, 12 bilhões de dias úteis foram perdidos por causa de depressão e ansiedade.”


O recado é claro: as empresas precisam agir — e rápido.

O ponto de partida, segundo ela, é treinar lideranças para identificar e gerenciar os riscos psicossociais dentro da organização. E isso passa, antes de tudo, por ouvir os colaboradores.


“É escutando os trabalhadores que conseguimos mapear os riscos reais, com base em metodologias e validações científicas”, explicou.


A origem do burnout pode estar em fatores cotidianos que, muitas vezes, passam despercebidos: ritmo de trabalho acelerado, metas inalcançáveis, exigências excessivas, normas de produção rígidas ou até a ausência de treinamentos adequados.


No fim da palestra, a fala de Érica Pinheiro, do setor de relacionamento com o mercado da Sabin Diagnóstico e Saúde, resumiu bem o impacto da discussão:

“Já participei de outras palestras sobre a NR-1, mas essa foi diferente. Foi prática, direta e abordou os riscos que muitas empresas ainda não estão prontas para identificar — mas que precisarão encarar.”




 
 
 

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